PEQUENO HISTÓRICO
Foi em 1830 que Nossa Senhora apareceu, em Paris, a Santa Catarina Labouré, então jovem religiosa, e lhe ensinou a devoção da Medalha Milagrosa1.
“Fazei cunhar uma medalha com este modelo. Todas as pessoas que a usarem receberão grandes graças, trazendo-a ao pescoço. As graças serão abundantes para as pessoas que a usarem com confiança” — prometeu a Santíssima Virgem.
A promessa efetivamente se cumpriu.
Quando iam ser cunhadas as primeiras medalhas, uma terrível epidemia de cólera, proveniente da Europa oriental, atingia Paris.
O flagelo se manifestou a 26 de março de 1832 e se estendeu até meados do ano. A 1º de abril, faleceram 79 pessoas; no dia 2, 168; no dia seguinte, 216, e assim foram aumentando os óbitos, até atingirem 861 no dia 9. No total, faleceram 18.400 pessoas, oficialmente; na realidade, esse número foi maior, dado que as estatísticas oficiais e a imprensa diminuíram os números para evitar a intensificação do pânico popular.
No dia 30 de junho, foram entregues as primeiras 1500 medalhas que haviam sido encomendadas à Casa Vachette, e as religiosas Filhas da Caridade começaram a distribuí-las entre os flagelados. Na mesma hora refluiu a peste e começaram, em série, os prodígios que em poucos anos tornariam a Medalha Milagrosa mundialmente célebre.
O Arcebispo de Paris, que autorizara a cunhagem da Medalha e recebera logo algumas das primeiras, alcançou imediatamente uma graça extraordinária por meio delas, e passou a ser propagandista entusiasta e protetor da nova devoção. Também o Papa Gregório XVI recebeu um lote de medalhas, e passou a distribuí-las a pessoas que o visitavam.
Até 1836, mais de 15 milhões de medalhas tinham sido cunhadas e distribuídas, no mundo inteiro. Em 1842, essa cifra atingia a casa dos 100 milhões. Dos mais remotos países chegavam relatos de graças extraordinárias alcançadas por meio da medalha: curas, conversões, proteção contra perigos iminentes etc.
Depoimentos de graças alcançadas
“Um amigo me disse que seu pai estava desenganado pelos médicos devido a um problema no pulmão. O médico chegou a aconselhar uma reunião de todos os parentes, no quarto do hospital, para assistirem aos últimos momentos daquele senhor. Vendo o pai naquela angústia, sem poder respirar, meu amigo tirou a medalha do pescoço e colocou-a no pescoço do pai, dizendo: Papai, não se preocupe. Quem vai cuidar do senhor é Nossa Senhora. Imediatamente o pai começou a respirar normalmente e adormeceu. No dia seguinte estava curado. O médico não soube dar explicação e o pai nunca mais quis devolver a medalha”.
(J.N. – SP)
“A graça de Deus esteve presente aí”
“Uma amiga estava muito preocupada com a saúde de sua filha que estava esperando bebê. Ela me disse que lhe deu a Medalha Milagrosa para que a usasse, e que havia começado a novena. O problema foi se agravando, pondo em risco a vida da gestante e a do bebê que estava para nascer. Então, o médico resolveu operá-la. Nasceram gêmeos três meses antes da data prevista, sendo imediatamente batizados; e se fortalecem a cada dia que passa. Constituiu surpresa para o próprio médico, que afirmou: A graça de Deus esteve presente aí”.
(M.H.A.S. – SP)
Obtenção de emprego
“Um rapaz buscava emprego há muito tempo. Embora seus esforços fossem constantes, nada conseguia. Um dia veio me visitar, e eu acabara de receber as medalhas. Coloquei uma em seu pescoço, dizendo-lhe que Nossa Senhora lhe conseguiria o emprego. Mal chegou em casa, encontrou uma carta convocando-o para um serviço público. Ele nunca mais se separou da medalha”.
(E.M.B.P. – SP)
Proteção num desastre automobilístico
“Meses atrás, quando voltava de um passeio, tivemos uma forte colisão com um ônibus que, desrespeitando o sinal, havia parado no meio da avenida. Todos os que olhavam nosso carro pensavam que havíamos morrido, tal o impacto sofrido. Na realidade eu sofri apenas uma pequena pancada na cabeça, sem maiores conseqüências, e o nosso motorista, meros arranhões. Nós dois portávamos a Medalha Milagrosa. Na hora do impacto eu ia bater a cabeça no vidro, mas senti como se fosse uma mão ou uma asa me levando para trás”.
(C.V.I. – SP)
“Foi a medalha que nos salvou”
“Meu filho é engenheiro e já foi salvo pela medalha. Dei uma medalha a seu motorista e lhe expliquei a devoção. Ele, então, adquiriu mais medalhas e um livrinho explicativo que iria deixar na sala dos motoristas da empresa. Voltando a Belo Horizonte com meu filho, o carro derrapou, bateu em uma estaca e foi cair, de rodas para cima, num barranco. Logo adiante havia um precipício. Saíram rápido do carro pelas janelas, pois havia perigo de incêndio. Não sofreram nada; e o motorista, tirando a medalha do bolso, disse: “Foi ela que nos salvou!”
(M.B.A. – MG)
Sobreviveu a tiroteios, granadas e emboscadas
“Uma senhora portuguesa contou-me que um parente seu foi para a guerra em Angola. Antes de partir, sua mãe lhe deu a medalha, que ele pôs devotamente no pescoço. Disse que a medalha o protegeria na guerra, e que voltaria vivo à família. De fato, ele sobreviveu em meio a tiroteios, granadas e emboscadas, voltando são e salvo”.
(S.R.H.M. – SP)
Conversão de um moribundo
“Um parente, depois de levar uma vida péssima, dando todo tipo de maus exemplos, foi vítima de uma doença incurável que o deixou na mais extrema desolação. Quando estava prestes a morrer, chamaram um Padre. Ele o expulsou duas vezes, pois não queria se confessar. Tentou várias vezes o suicídio, chamava o demônio e atormentava quem dele cuidava. Certo dia recebeu a visita de uma religiosa, que prendeu em seu braço uma Medalha Milagrosa. Dias depois ele mandou chamar o Padre, confessou-se, recebeu os Sacramentos. Morreu tranqüilo e em paz”.
(A.F.V. – SC)
O alcoólatra parou de beber
“Uma colega de trabalho contou-me que o pai dela, depois que se aposentou há dois anos, entregou-se ao vício da bebida, trazendo muitos sofrimentos para a família. Todo tipo de tratamento foi tentado em vão. Falei-lhe, então, da medalha e lhe dei uma de presente, juntamente com a novena. Oferecida ao pai, ele não se opôs, e no mesmo dia passou a usá-la ao pescoço. Desde então parou de beber e voltou a ser o homem caseiro e amigo que sempre foi”.
(J.M.R.F. – MG)
Divórcio evitado
“Minha filha começou a ter problemas com o marido. Ambos brigavam muito e resolveram se divorciar. O marido voltou a morar com seus pais e minha filha ficou sozinha com o filho de 3 anos. Ao receber as Medalhas Milagrosas, coloquei-as no meu pescoço e nos das minhas filhas, e começamos a rezar a novena. Uma semana depois fui visitar minha filha. Ela me contou que depois que começou a rezar a Nossa Senhora e a usar a medalha, alguma coisa estava mudando dentro dela. Disse estar pensando o dia inteiro no marido, e que queria reatar o casamento. Hoje, minha filha e o marido estão novamente juntos. Acabaram-se as brigas e vivem felizes. Ela tem certeza de que foi a Virgem da Medalha Milagrosa quem salvou o casamento”.
(*** – MG)
“Ela nunca se sentiu tão bem”
“Dei a medalha a uma moça e ela me disse que se sentiu tão bem, que agora reza sempre a oração e, com uma imagem de Nossa Senhora das Graças, reza o terço diário junto com outras amigas. Contou-me que o nervosismo passou, e que ela tem experimentado uma profunda paz espiritual”.
(S.R.H.M. – SP)
Seqüestradores devolveram o menino
“Contou-me uma senhora o seguinte fato: Há uns 15 dias um menino foi seqüestrado. Ele estava sob os cuidados do avô, pois seus pais tinham viajado para os Estados Unidos. Quando os seqüestradores pegaram o menino das mãos do avô, este tirou uma medalha de Nossa Senhora das Graças que tinha consigo, apertou-a na mão e se pôs a rezar. Já dentro do carro com o menino, os seqüestradores não conseguiram sair. Após alguns momentos desceram do carro e devolveram o menino, dizendo que na frente do carro havia uma Senhora que não os deixava sair de jeito nenhum”.
(F.S.L. – MG)
“Ela protegia as pessoas”
“Estando só em minha casa, apareceu em meu quintal um homem portando um revólver, dizendo que fugia da polícia. Entrou, trancou a porta e pediu dinheiro. Dei-lhe o dinheiro e comecei a rezar jaculatórias. Disse-me que o dinheiro era pouco e começou a andar de um lado para outro como um louco, com a mão tremendo e segurando o revólver. Lembrei-me da Medalha Milagrosa e lhe ofereci, dizendo que Ela protegia as pessoas. Ele respondeu: Me dê logo essa medalha! Assim que a pegou, disse que ia embora e partiu”.
(A.M.M.M. – SP)
O movimento ocultista foi embora
“Instalou-se perto de minha casa um movimento ocultista. Freqüentemente eu passava por ali e quase sempre estavam as luzes acesas, havendo bastante movimento na casa. Duas vezes joguei Medalhas Milagrosas por cima do muro e comecei uma novena pedindo a Nossa Senhora que afastasse dali aquela gente. Alguns dias depois notei com alegria que não havia mais ninguém na casa, e que a placa do tal movimento havia sido retirada”.
(F.B.H. – RS)
Medalha Milagrosa afugenta macumba
“Em frente à minha casa moram pessoas que fazem macumba todas as sextas-feiras. Não me conformando com isso, coloquei uma Medalha Milagrosa em cima do muro e na fresta. Algumas semanas depois a casa estava à venda”.
(R.L.C. – SP)
Proteção em vestibulares
“Nosso filho havia feito, durante dois anos, vestibular para Medicina e apesar de faltarem poucos pontos não conseguia ingressar na faculdade. Na terceira vez, inscreveu-se em quatro faculdades. Foi reprovado em duas delas. Na terceira faculdade não havia se saído bem. Faltava a última oportunidade. Antes de ele sair para as provas, coloquei uma Medalha Milagrosa no seu pescoço. Foi aprovado, e hoje está cursando o primeiro ano de Medicina, e tudo vai indo maravilhosamente bem, graças a Deus e à Medalha Milagrosa”.
(M.R.S. – SP)
* * *
Como vimos, são depoimentos que atestam as mais diversas graças recebidas por meio da Medalha Milagrosa de Nossa Senhora das Graças: proteção aos enfermos, curas, alívios nas doenças; proteção a desempregados e a pessoas com problemas econômicos; proteção contra acidentes e perigos vários; conversões, graças de regeneração moral, afervoramento espiritual, recuperação de viciados; proteção contra a ação do demônio; proteção em casos de assaltos, roubos, seqüestros; resolução de problemas com vizinhos. Enfim, os mais diversos auxílios alcançados são aqui relatados, e muitos outros ainda podem ser vistos no livro abaixo mencionado na nota 2.
Possam estes relatos assombrosos ajudar-nos também a nós.
A Medalha Milagrosa não deixou de multiplicar seus prodígios até os nossos dias.
Todos nós necessitamos de grandes graças, sobretudo nos tempos difíceis e críticos que estamos vivendo. Pois peçamo-las a Nossa Senhora das Graças, com confiança, filialmente.
Não estará também o prezado leitor precisando de uma grande graça? Ou alguém da sua família, ou das suas relações de amizade?
Foi pensando em pessoas necessitadas como nós que a Virgem, a melhor de todas as mães, na sua misericórdia insondável nos trouxe a Medalha Milagrosa, este providencial auxílio vindo do Céu.
Bibliografia utilizada:
A Medalha Miraculosa — sua origem, história, difusão e resultados — ou Nossa Senhora das Graças, e os Actos da sua Misericórdia. Edição revista e aumentada sobre a do Padre Aladel, da Congregação da Missão, prefaciada e vertida em português por Francisco d’Azeredo Teixeira d’Aguilar, Conde de Samodães, Imprensa Commercial, Porto, 1884.
Pe. Henrique Machado C.M., A Medalha Milagrosa, sua história, simbolismo e lições, Tip. Fonseca, Porto, 1930.
Armando Alexandre dos Santos, A verdadeira história da Medalha Milagrosa, Artpress, São Paulo, 1998.
Notas:
- Sobre as aparições a Santa Catarina Labouré e sobre as dificuldades que esta enfrentou para conseguir de seu confessor que fossem cunhadas as medalhas como Nossa Senhora havia ordenado, Catolicismojá publicou diversos artigos: cfr. Antonio Augusto Borelli Machado, Santa Catarina Labouré — A noviça que viu Nossa Senhora, inCatolicismo nº 312, dezembro de 1976; Predições de Nossa Senhora a Santa Catarina Labouré, in Catolicismo nº 359, novembro de 1980;Intransigência dos Santos: fidelidade inarredável à sua missão — A firmeza inquebrantável de Santa Catarina Labouré na defesa do verdadeiro simbolismo da Medalha Milagrosa, in Catolicismo nº 515, novembro de 1993. Cfr. também José Francisco Gouveia, A Medalha Milagrosa conserva ainda sua atualidade?, in Catolicismo nº 445, janeiro de 1988.
- Os depoimentos aqui reproduzidos são transcritos do livro A verdadeira história da Medalha Milagrosa, de Armando Alexandre dos Santos, publicado pela Editora Artpress, de São Paulo, em 1998, com mensagem de apoio e estímulo do Exmo. Revmo. Sr. D. Geraldo Maria de Morais Penido, Arcebispo Emérito de Aparecida.
Entre as pessoas que foram abençoadas através da Medalha, está Noêmia Schmitt. Leia a história dela:
“A medalha Milagrosa fez com que meu filho voltasse a enxergar 70% do olho que estava quase cego após entrar veneno de lavoura.
Meu filho Giancarlo já estava na fila de transplante, pois o médico disse que ele nunca mais iria enxergar.
Medalha Milagrosa de Nossa Senhora das Graças
Só por um milagre!
Nos reunimos em família, meu filho, sua esposa, os dois filhos e eu. Começamos a rezar por várias noites fazendo a Novena da Medalha Milagrosa. Aos poucos meu filho foi melhorando e seu olho que estava branco da cegueira começou a ficar castanho novamente.
Fomos ao médico e ele se surpreendeu dizendo ao meu filho que iria tirá-lo da fila de transplante pois seu olho estava cada vez melhor. Eu questionei o médico, porque ele havia dito que meu filho só voltaria a enxergar por um milagre.
Então eu disse: – Doutor, o milagre chegou!
Mostrei a minha Medalha Milagrosa e o meu filho também. O médico disse que era para continuarmos a rezar para melhorar ainda mais, por que ele não podia fazer mais nada. Ele fez tudo o que podia ser feito.
Saímos do consultório na certeza de que a Medalha Milagrosa o salvou e continuará a melhorar até chegar a 100% de cura. Amém!”
(Extraído do site da Associação Devotos de Fátima).