Liga do Santo Rosário

“Um por todos e todos por um! O Brasil para Nossa Senhora!
Beato Pio IX - proclamou o dogma da Imaculada Conceição
Cálice usado quando da proclamação do dogma da Imaculada Conceição

 

 

No dia 8 de dezembro de 1854, Pio IX proclama o dogma da Imaculada Conceição de Maria Santíssima  – Bula Ineffabilis Deus.

Declaramos, confirmamos e definimos a doutrina, revelada por Deus, que a Bem-aventurada Virgem Maria foi preservada e imune de toda mancha do pecado original, desde o primeiro instante da sua concepção, por graça particular e privilégio de Deus Todo-Poderoso, pelos méritos de Jesus Cristo, Salvador do gênero humano”.

 

8 de dezembro, Dia da Imaculada Conceição


Maria foi concebida no seio de sua mãe, Santa Ana, sem o pecado original. Como disse o cardeal Suenens: a santidade do Filho é causa da santificação antecipada da Mãe, como o sol ilumina o céu antes de ele mesmo aparecer no horizonte.

“Ao definir o dogma da Imaculada Conceição, o Papa Pio IX despertou em todo o orbe civilizado repercussões ao mesmo tempo díspares e profundas.

De um lado, em grande parte dos fiéis, a definição do dogma suscitou um entusiasmo imenso. Ver um Vigário de Jesus Cristo erguer-se na plenitude e na majestade de seu poder, para proclamar um dogma em pleno século XIX, era presenciar um desafio admiravelmente sobranceiro e arrojado ao ceticismo triunfante, que já então corroia até as entranhas a civilização ocidental. Acresce que esse dogma era marial. Ora, o liberalismo, outra praga do século XIX, tende por sua própria natureza ao interconfessionalismo, à afirmação de tudo o que as várias religiões têm em comum (o que em última análise se reduz a um vago deísmo), e a uma subestimação, quando não a uma formal rejeição de tudo quanto as separa. (…)

Mais ainda, o novo dogma, em si mesmo considerado, chocava a fundo o espírito essencialmente igualitário da Revolução que, a partir de 1789, reinava despoticamente no Ocidente. Ver uma simples criatura de tal maneira elevada sobre todas as outras, por um privilégio inestimável, concedido no primeiro instante de seu ser, é coisa que não podia nem pode deixar de doer aos filhos da Revolução que proclamava a igualdade absoluta entre os homens como o princípio de toda ordem, de toda justiça e de todo bem. (…) Doía-lhes aceitar que Deus tivesse instalado com tanto realce, na Criação, um elemento de tão caracterizada desigualdade.

Por fim, a própria natureza do privilégio é antipática para espíritos liberais. Se alguém admite o pecado original com toda a seqüela de desregramentos da alma e misérias do corpo que ele acarretou, há de aceitar que o homem precisa de uma autoridade, a cujo império tem de viver sujeito. Ora, a definição da Imaculada Conceição implicava numa reafirmação implícita do                ensinamento da Igreja a este respeito.” (Plinio Corrêa de Oliveira)

 

                                         *  *  *  *  *  *  *  *  *  *  *  *  *  *  *  *  *  *  

 

Em 1823, na cidade de Ariano di Puglia, os padres dominicanos Gassiti e Pignataro obrigaram satanás, em nome de Deus, a provar a Imaculada Conceição de Maria, através de um menino de 12 anos, possesso, analfabeto, que estava sendo exorcizado. Fê-lo satanás com este soneto:
 
Sou verdadeira mãe de um Deus que é Filho
E sou sua filha, ainda ao ser-lhe mãe
Ele de eterno existe e é meu Filho
E eu nasci no tempo e sou sua mãe
Ele é meu criador e é meu Filho
E eu sou sua criatura e sua mãe
Foi divinal prodígio ser meu Filho
Um Deus eterno e ter a mim por mãe
O ser da mãe é quase o ser do Filho
Visto que o filho deu o ser a mãe
E foi a mãe que deu o ser ao Filho
Se, pois, do Filho teve o ser a mãe
Ou há de se dizer manchado o Filho
Ou se dirá Imaculada a mãe.
 
Pio IX, que proclamou o dogma da Imaculada Conceição em 1854, chorou ao lêr este soneto (Apud.  Salve Rainha, pág.147, Caxias do Sul-RG, 1955)
 

www.abim.inf.br/imaculada-conceicao-de-nossa-senhora/

O caráter fundamentalmente contra-revolucionário do dogma da Imaculada Conceição, pelo Papa Pio IX

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *